O começo tá valendo:
'Uma vez, eu participei de um curso de “Comunicação de Más Notícias”. Acabou que eu fiz o papel da médica e um veterano meu, o papel do paciente. De alguma forma, tinha que lhe contar sobre um osteossarcoma na tíbia, extremamente dolorido, que provavelmente lhe levaria à amputação do membro inferior. Ele era um “atleta jovem e promissor” (as palavras ainda ecoam na minha mente, não importando se era apenas uma intepretação). Meu veterano atuou perfeitamente. Desequilibrou-me.
Eu que havia escolhido a notícia que queria dar. A mais difícil para mim. Uma amputação... Quantas partes de você são necessárias para tornar você... você? Qual pedaço é mais importante? Até que ponto podem arrancar-lhe flocos sem que você se desfaça? Até quanto tempo depois você pode continuar chamando aquelas partes arrancadas de “suas”?'
A continuação desse texto envolve você e eu. E foda-se.