Gosto de coisas que existem por um motivo... Exceto o amor.
Ubíquo, não há necessidade de apresentar-se formalmente ou justificar-se. Ele há sem causa aparente ou duvidosa; há amor porque há o humano, porque um é outro, e sem homem não existiria amor, e sem amor não existiria homem.
Se o que tem razão nos apetece, num apelo à lógica, enquadrado em definidos conceitos que levam a relações causa-efeito, por outro, o amor nos deslumbra / destrói, em simultâneo paralelismo; buscamos o ponto de encontro entre os extremos, que quiçá não exista sequer no horizonte infinito. Porque, se alguém um dia o encontrar, perde-se a realeza, o barroco some, o véu não só cai como desfaz-se antes de chegar ao chão - e para sempre... E amor vira razão, fórmula matemática, sem sentido e sem aplicação.
Amor equilibrado, onde já se viu?
(Bom saber que ainda sou inocente a ponto de escrever algo tão irracional, ilusório e auto-destrutivo! Ah, alívio!)
Nenhum comentário:
Postar um comentário